“Afogamento é um assassino líder mundialmente, sobretudo entre crianças e jovens adultos. É evitável, mas negligenciado em relação ao seu impacto sobre as famílias, comunidades e meios de subsistência”, WHO (2017).
Os resultados de uma investigação desenvolvida em Espanha (21 hospitais espanhóis) revelaram que em 6 de 10 casos a criança estava num ambiente privado (piscinas) e em 8 em cada 10 os seus pais os tinham deixado sozinhos ou deixado de supervisionar por breves instantes.
De acordo com um relatório de junho de 2016 do programa Make Safe Happen da Nationwide e do grupo de segurança para bebês Safe Kids Worldwide, fundado pelo Children’s National Health System, um em cada cinco pais deixaram seu filho sozinho na banheira ou na piscina e 2 em 5 admitem terem-se distraído enquanto seu filho estava na banheira.
Crianças pequenas não são à prova de afogamento quando andam na natação ou quando usam um flutuador. As coisas acontecem, por isso chamamos de acidente. É necessário prevenir e não subestimar a nossa capacidade de atenção.
Quantas vezes acontecem situações como tocar o telemóvel, a campainha, esquecimento da toalha no quarto, alguém a chamar, etc., enquanto se está a dar banho a uma criança?
Quantas vezes em casas com piscina pais se ausentam apenas para ir rapidamente buscar um copo de água?
E quantas vezes se afastou do seu filho pensando que não demoraria nada, ou até nem lhe passou pela cabeça que nesse tempo poderia acontecer alguma coisa?
Pois!… Mas estas situações não acontecem só aos outros…
O trabalho de prevenção deve começar nos pais, nas suas atitudes para com os seus filhos quando estão dentro ou perto de água.
É importante que a criança nas aulas de natação, perceba as suas capacidades e o que pode ou não pode fazer, para poder reportar para situações que posteriormente sejam vividas em contexto fora de aula.
Começando por respeitar a água, e os colegas, aprendendo quando está em segurança e o que pode acontecer quando as regras são quebradas. Saber que não pode entrar na água, em situação alguma, sem a presença de um adulto é a primeira e mais fundamental das regras de prevenção.
As aulas de natação não são só para aprender a nadar, têm um papel importantíssimo na educação aquática das crianças. Procure uma escola que tenha um programa de prevenção e segurança aquática.
Previna! A vida do seu filho não pode esperar!