“Afogamento é um assassino líder mundialmente, sobretudo entre crianças e jovens adultos. É evitável, mas negligenciado em relação ao seu impacto sobre as famílias, comunidades e meios de subsistência”, WHO (2017).
Sim, é possível e indispensável para o desenvolvimento da criança!
Estudos recentes revelam que as crianças aprender melhor quando estão em movimento. O movimento livre, por sua vez, apoia a saúde mental, promove o desenvolvimento das várias competências físicas e cognitivas. Esta é uma descoberta que vai de encontro aos efeitos da aprendizagem pela brincadeira, pelo movimento e aquilo que as faz feliz.
Aprender regras e habilidades de segurança aquática sem movimento, sem vivências, sem experimentação não faz sentido! Nenhuma criança vai querer cumprir as regras de boa vontade se não as entender. E a melhor forma de as fazer entender é proporcionar experiências lúdicas que lhes permitam conhecer a água e a sua reação perante os seus comportamentos nela.
A segurança aquática é sim, um assunto sério! E por isso tem de ser aprendido e interiorizado com entusiasmo, com vivências, com algo que lhe dê prazer. Não pode ficar pela explicação verbal, nem por uma prática repetitiva e exaustiva de exercícios, que ela aprende sem compreender para que servem. Em caso de acidente a criança tende a reproduzir o que aprendeu, mas sente-se incapacitada porque surgem fatores externos que influenciam diretamente a realização desse exercício e não se sente capaz de avaliar a situação e aplicar outra estratégia.
Por isso é importante proporcionar situações lúdicas, próximas da realidade, diferentes do contexto atual das aulas, como por exemplo: mudança da temperatura da água, alterar a forma como a criança se encontra na aula (sem óculos, com roupa, com sapatos, novos objetos para brincar, etc….). Para que a criança vivencie e tome consciência das suas capacidades e as aplique em situações inesperadas. Ter esta capacidade de avaliação e reação precisa de uma aprendizagem que vá muito além do treino físico. As capacidades cognitivas e socio-afetivas têm de ser treinadas e aprendidas em simultâneo para criar consciência dos perigos e desenvolver amor e respeito pela água.